terça-feira, 15 de janeiro de 2013

lost memories

E 2013 começou com uma pilha de roupas no chão e um ônibus sem freios ou janelas que deslizava estrada adentro. De longe eu via a tempestade se aproximando. Seriam dias de chuva com todo tipo de teste ao caráter e outros auto-questionamentos profissionais, políticos e sentimentais. Tudo numa cidade que tinha mais carro que gente e cheirava perda de tempo.

Era a busca de uma redenção que eu nunca quis, mas que soava confortável aos ouvidos. Via de longe a pedra grande, distante tanto quanto as respostas que buscava em um exílio interiorano. E o quarto 205, que ora parecia minúsculo, ora gigantesco como um Maracanã (que deus o tenha) vazio, trazia um cem número de sons e cores e sabores que serão apenas mais um rabisco no bloco, uma cicatriz estranha.
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Quando eu mergulhava, e ao invés de olhar o fundo da piscina, me virava tapando o nariz e buscava raios de sol debaixo d'água. Sobre olhar para trás. Fácil é ser passarinho.