segunda-feira, 17 de novembro de 2008

uma semana

só quero esse teu sorriso de confissão. que te desmente nessa pose de durona. teus olhos parados fitando meus pensamentos. conto horas de trabalho. penso serem elas uma espécie de oferenda para te encontrar. busco escapar da prisão trabalhista.

tento uma fuga por meios tecnológicos. bloquearam tuas palavras, mas ainda acesso teus beijos na minha memória pouco virtual. jogo uma mensagem pela janela, mas o vento se recusa a carregar sentimentos tão leves. pesados, meus créditos são poucos. grito a plenos pulmões que vou te seguir.

e pouco importa se num segundo teu olhar é paixão e no seguinte é estranhamento, frieza. nem faço contas de quilometragens ou avaliações de risco. deixe os manuais de crise para os amores mais corporativos. sinto-me sempre perto de casa. e estou de fato, com você ao lado. vou decorando teus sinais. tua fala e tua boca. teu silêncio e tuas coxas. nossas risadas-despedidas de todo dia. a certeza de que essa época nunca vai voltar, de que nesses poucos dias a música tocou diferente, o escuro iluminou nossos corações e que teus olhos refletiram nos meus. de alma lavada.

Um comentário:

Isadora Biella disse...

Nada melhor do que a sensação de se estar sempre perto de casa. Nada melhor do que a alma lavada e leve. Mesmo sabendo que o motivo disso, cedo ou tarde se tornará o chumbo e a falta de rumo.

Bom também :)